Olá discípulos de Arquitetos!!!
Estou aqui no segundo post, depois de muito pensar em qual seria a primeira disciplina a estrear aqui no blog, ao olhar minha grade do primeiro período me deixei levar pela matéria que me conquistou de primeira... Desenho Arquitetônico, matéria esta que acho essencial ser ensinada logo no primeiro período!!!! so...let's go ^^/
Desenho Arquitetônico - I
Breve História
O desenho arquitetônico começou a ser usado como meio preferencial de representação do projeto arquitetônico a partir do Renascimento,
mas não havia nenhuma normatização.
Na Revolução Industrial, surgiu nos projetistas, a
necessidade de um meio de comunicação eficiente pois os projetos das máquinas
demandavam maior precisão e rigor. Então no século XIX instituíram as primeiras
normas técnicas de representação gráfica de projetos.
Essa representação gráfica corresponde a um conjunto de
normas internacionais mas, cada país possui uma versão adaptada, para atender suas
necessidades.
No Brasil, as
normas são editadas pela Associação Brasileira de Normas
Técnicas (ABNT), sendo as seguintes as principais:
NBR-6492 - Representação de projetos de arquitetura
NBR-10067 – Princípios gerais de representação em
desenho técnico
Letra de Arquiteto
Na década de 60, quando os
desenhos de arquitetura passaram a ser feitos a lápis em
papel "Albanene"(eu diria que é uma versão melhorada do papel vegetal
ou uma marca que produz um ótimo papel vegetal...não sei kkkk, lembro que nos
anos 90 era comum ver esse papel usado em lembrancinhas de festas), foi
introduzida nas normas de desenho dos
escritórios de arquitetura um tipo de
"letra de mão", que praticamente aposentou os normógrafos. Ela
se difundiu por todos os demais e passou a ser chamada de "Letra de
Arquiteto".
É composta por caracteres próprios, que apresentam pequenas inclinações em elementos que os compõem, determinando assim a sua personalidade. São utilizadas na transmissão das informações contidas nos desenhos, sob forma de textos ou números. Normalmente elas aparecem nos desenhos, entre "linhas guia", em três dimensões: 2mm (dois milímetros) para locais onde o espaço para da escrita seja bastante restrito; 3mm (três milímetros) a mais utilizada; e 5mm para títulos, designações ou qualquer outro texto ou número que necessite de destaque. São representadas sempre em "caixa alta" (letras maiúsculas). No "AUTOCAD", a fonte que possui características semelhantes é a "CITYBLUEPRINT".
Obs.: Antes de iniciar o curso de Arquitetura, dei aquela velha pesquisada na internet e em um blog de uma recém-formada, ela comentava sobre a letra de Arquiteto, achei superrrrr chiqueeee(sim, com todos essas "érres e és" kkkkkk) mas só quando ela me foi apresentada na aula de desenho Arquitetônico é que foi ver que não era uma questão de beleza e sim de muitaaaa funcionalidade que a principio confesso que duvidei, ok! Vamos por partes. A letra de Arquiteto é necessária e funcional porque ela padroniza a caligrafia de todos, fazendo assim com que todos que leia aquele projeto entenda, acabando de vez com aqueles garranchos que vemos por ai =X ... E consequentemente eliminando riscos de erros na construção por causa de não entendimento de projetos.
Quando o professor falou do porque da letra de Arquiteto, claro fez total sentido pra mim a sua existência mas na prática eu pensei "ah tá! A letra de todo mundo vai ficar parecida...seiii!!! Eis que na primeira entrega de um trabalho de desenho arquitetônico, já com as legendas ensinadas e sendo usadas em TODOS os trabalhos...o professor deixou em cima da mesa e pediu para que os alunos pegassem seus respectivos trabalhos...foi então que toda duvida foi arrancada de minha vida e eu nunca mais duvidei da letra de Arquiteto, ninguém mas sabe o que é ninguém reconhecer seu trabalho através da letra? Pois é, temos mania de olhar, reconhecer a letra e pegar nossos trabalhos mas isso não vai acontecer no curso de Arquitetura hahaha, claro que uns(como meu professor de Desenho e Meio de Representação e Expressão II) faz a letra perfeita!!! Que parece que foi impressa, com todas as curvas nos lugares certos e há pessoas (como eu) que conseguem razoavelmente fazer a letra de Arquiteto mas nada que muita prática não resolva!
Curiosidades: Normógrafo e Aranha
O normógrafo é um instrumento auxiliar para desenho. O tipo mais comum é o normógrafo para desenho de caracteres, porém há outros destinados ao desenho de formas geométricas, como círculos e polígonos. Pode ser uma régua vazada através da qual se desenham as letras e números ou então uma régua com sulcos no formato dos caracteres, que são transferidos para o papel através de um instrumento denominado de aranha para normógrafo.
O normógrafo do tipo "sulcado" é utilizado principalmente para desenho técnico e era muito utilizado nos escritórios de engenharia e arquitetura antes da popularização dacomputação gráfica e dos sistemas CAD para a representação de legendas e letreiros. Ainda hoje encontram-se esses equipamentos à venda, mas seu uso está bastante reduzido.
Conjuntamente com o normógrafo, pode ser usado um instrumento conhecido como aranha. Este possui um ponto de apoio, uma "ponta seca" e uma extremidade onde é presa a caneta. Utiliza-se-o com a ponta seca seguindo o sulco da régua do normógrafo, transferindo o desenho do caractere para o papel.
Na época que fiz Desenho Arquitetônico, ouvi os professores se queixarem falarem muitooo do normógrafo e da aranha "o papel rasgava" "o nanquim manchava" entre outras coisas, um aluno até levou um e então podemos conhecer o pavor dos nossos mestres hahaha. Eu tenho vontade de comprar e experimentar um, quando esse dia chegar eu divido a experiência com vocês ou se você já usou um, divida a sua experiência conosco ali nos comentários^^
Essa foi a primeira parte sobre Desenho Arquitetônico e espero ter ajudado.
Até mais
E continuem projetando ^.~
Nossa! Que prazer encontrar esse blog!
ResponderExcluirEu sei muito normógrafo, exatamente dessa marca, e ficava num estojo exatamente como esse (bateu nostalgia). Não rasgava papel e nem manchava coisa alguma. Nunca aconteceu. Verdade que uma lâmina de gilete e uma borracha dura eram velhas companheiras: raspava a tinta do papel vegetal (tinha que ter uma gramatura legal) e depois dava uma "polida" com a borracha. Eu adorava escrever com o normógrafo. Não era a coisa mais rápida do mundo. O defeito do normógrafo Trident era trincar o lado externo da "garrinha" que segura a caneta, mas era possível usar mesmo assim. Hoje não se usa mais fazer esses desenhos enormes, mas foi um prazer ter brincado com essas coisas, quando trabalhava com desenho técnico.